The Invitation (2015)
Will (Logan Marshall-green) é convidado pela sua ex-esposa Eden (Tammy Blanchard) para um jantar dois anos depois de perderem um filho e terem se divorciado. A cerimônia inclui alguns velhos amigos e seus respectivos companheiros para se relembrarem dos velhos tempos e conhecerem a nova etapa da vida de Eden, que parece estranhamente diferente para Will.
A direção é de Karyn Kusama, que não conta com uma vasta filmografia (especialmente de bons filmes) mas podemos dizer que ela foi feliz em quase tudo que tentou desta vez.
O primeiro ato é bom, que nos apresenta o passado dos personagens de maneira fluida e sem verbalização geral, deixando para o telespectador interpretar e imaginar boa parte do que passou. Aqui temos o primeiro primeiro problema. Os atores não são de primeira linha e embora o jeito caladão do personagem de Logan Marshall-green impressione na sua sutileza, deixa a desejar um pouco na hora que se espera uma reação mais digna.
O divertido é que a diretora brinca com a gente, nos deixando constantemente confusos entre acreditar nas paranoias de Will e confiar na serenidade de Eden. Você só vai realmente saber quem é confiável quando já for tarde. E aí, o jogo vira de tensão e subjetividade para ação.
O desfecho pode ser considerado inesperado mas eu achei previsível. Se você prestar atenção em alguns pontos críticos também vai cantar a pedra. Mas isso não quer dizer que a experiência será comprometida, o caminho até aqui é bem arquitetado.
The Invitation é um filme tenso, que te instiga. É lento, não tem pressa para preencher as suas lacunas. Não é um longa que vai mudar sua vida ou vai te fazer ficar pensando por uma semana, mas vale a pena ser visto.
Nota: 7,1