Willow Creek (2013)
Um jovem casal viaja para a pitoresca cidade de Willow Creek, onde, inspirados pelo famoso vídeo de Patterson-Gimlin, decidem recriar os passos no local onde teria sido filmado o Pé Grande.
O filme é dirigido por Bobcat Goldthwait, que soube conduzir bem os dois primeiros atos, conseguindo extrair uma química interessante do casal. A interação soa natural e isso contribui para que o fraco roteiro consiga se sustentar por tanto tempo sem flertar com o tédio. É impossível não notar as referências (até exageradas) ao mais famoso filme do gênero, Blair Witch (1999). Em certo ponto as referências eram tão explícitas que beiravam a paródia.
A peça central desse longa é precisamente um plano-sequência de aproximadamente 20 minutos, em que os protagonistas estão acampados floresta a dentro e são acordados por um estranho som. É justamente nessa cena que o filme ameaça mudar seu tom, mas infelizmente não é o que acontece.
Nada do que se procede no final do terceiro ato coincide com a tensão criada (até de forma eficiente) nos últimos 30 minutos. É notável um certo amadorismo na direção das cenas-chave do desfecho. Os clichês voltam a incomodar, principalmente em sua última cena, que para alguns pode até ser digna, mas para outros (eu) extremamente decepcionante.
Willow Creek é um filme que não traz nada de novo, nem para o gênero e nem para os entusiastas da lenda do Pé Grande. Apesar de ter algumas qualidades notáveis, se perde em meio a um roteiro sem personalidade e referenciativo demais.